segunda-feira, 24 de agosto de 2015

já disse que sim demasiadas vezes


Saber dizer que não pode resolver-nos muitos problemas, e saber dizer que não, de facto, torna-nos pessoas mais assertivas, no entanto, custa em determinadas situações ter que agir assim. No fundo, tratam-se de convicções. E não há nada pior que as colocarem em questão. Eu não aceito que o façam. Não duvido da tua fé, mas tu dúvidas da minha. É justo? Passei demasiado tempo da minha vida a consentir coisas e a pedir desculpa por tudo o que fazia inclusive o que não fazia também. Só faltava pedir desculpa por existir. Isso acabou. Há muito tempo. Sou a favor de que as pessoas têm que ser razoáveis e equilibradas, porque só assim se consegue resolver maioritariamente os problemas da vida. Sou apologista de ceder, porque não somos donos da razão nem devemos ser pessoas cheias de nós, porque isso tem tudo, mas tudo para dar errado. Concordo que no que toca a ter ou não razão, existem sempre dois lados, mas concordo também que a palavra desculpa existe para ser utilizada [não banalizada]. Posto isto, não quero ter razão, quero ser feliz sim, mas isso não quer dizer que tenha que acatar sempre com os meios erros dos outros, que tenha que sorrir e acenar com a mão. Não significa que as coisas fiquem assim mesmo, como se nada tivesse acontecido. Custa tanto pedir desculpa? Parece que sim. Tudo se transforma em nada. Exigimos dos outros um monte de coisas que na realidade, falhamos invariavelmente, mas estamos lá para cobrar, indignar, todas as vezes que os outros falham também. E há que aceitar isso? Não. Só seremos tratados mal se nós mesmos permitirmos isso.

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