quarta-feira, 12 de agosto de 2015

sobrevivência das lamúrias



Tenho o privilégio de trabalhar e depois, tenho outro privilégio ainda maior que é, um dos meus trabalhos [tenho dois] ser especialmente enriquecedor. Por mais triste, de rastos, mal humorada, sem rumo, chateada, feia que esteja, volto para casa melhor do que fui. Normalmente ninguém gosta de trabalhar, eu acho terapêutico. Pelo menos, este, que é especial. Vou a rastejar mas por norma, volto melhor. Talvez porque uma das minhas missões [entre muitas outras] ser a de transmitir boas vibrações, boa energia, positivismo, que acabo por passar um pouco disso mesmo para mim própria. Dou por mim algumas vezes com vontade absolutamente zero de andar a sorrir e a fazer piadas, mas acabo por fazê-las e acabo por oferecer sorrisos quando o que mais necessito é que alguém me dê o seu também. Quando o que mais preciso é de um abraço e de silêncio absoluto. Só estar, ali. Naquele momento de paz infinita, perdida no tempo. Dou por mim a tentar levar as pessoas por caminhos correctos, caminhos mais felizes. Dou por mim a orientar muitos corações, a insistir em objectivos pessoais. A espalhar serenidade. Dou por mim a pragar as boas coisas da vida, tipo memorando. Para que nunca falhe.
A lógica da vida é que o Universo conspira se nós conspirarmos com ele também. Acredito tanto nisto.

As minhas próprias palavras muitas vezes me salvam das anemias da alma. Sou autodidata no que toca à sobrevivência das lamúrias. Obrigo-me que assim seja. Porque, quero ser feliz e já está, sem tempo e hora marcada. Sempre que puder.


Os bons sentimentos, de alguma forma retomam e regresso a casa mais convicta de que, o que tive foi apenas um dia mau e que a esperança é a de que amanhã é um novo dia e só depende de mim que ele seja melhor que o anterior.

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