sexta-feira, 23 de setembro de 2016

sem ti

As lágrimas começaram a escorrer pela cara quando esta música começou a tocar... ontem, mais estafada que sei lá o quê, decidi que enquanto o forno não se desligava, ia organizar a casa, organizar tudo para me sentir também de cabeça arrumada. Já ia para as 2h da manhã. O cérebro cansado, a alma viva com o que tinha acabado de encontrar. Senti o mundo parar. Não ouvi nada a seguir. Li aquelas cartas igual ao que se vê nos filmes, em que a voz de quem as escreveu ecoa na cabeça, como se ali estivesses, sentado ao meu lado. Não consigo deixar de voltar a chorar, enquanto agora mesmo escrevo isto. Não foi por ler o que li que despertou seja o que for, mas acentuou aquilo que já sabia. Saudades. A importância que tiveste na minha vida é superior àquela que tu alguma vez possas imaginar. Há pessoas que nos marcam. Cravam a alma. Fica ferrado na pele. Bons sentimentos. O teu abraço faz-me falta, porque eu vou guardar-te da forma mais bonita que alguma vez guardei alguém. E proteger-te. Ainda hoje me questiono das escolhas. Me censuro das mágoas. Magoei-te a ti e a mim meses a fio. Fiz bem? Fiz mal? Não sei. Há dias que acho que fiz bem, há dias que acho que fiz mal. Tento evitar os pensamentos de crucificação. Com a devida distância, e recordando algumas coisas, principalmente os textos que escreveste de peito aberto (no blog) aos quais eu desconhecia, senti coisas diferentes das quais eu vivia convicta. Precisava de saber. Podia ter sido diferente. A minha determinação disfarça a minha insegurança... e precisava tanto de saber que era mesmo importante para ti... nem sei porque estou a falar disto agora... talvez porque sinto a tua falta. A tua magnifica boa energia, o puxares por mim e as tuas injecções de vida em mim. Porque os meus objectivos se cruzavam com os teus, e estávamos ancorados a bons sentimentos. E por muito que isso te custe acreditar, também sempre estive ancorada a ti. Simplesmente forcei-me a deixar o barco soltar-se de mim, tudo porque entendi o contrário. Acreditei que forçar algo era possível. Não sei se estive certa alguma vez, Se voltasse atrás, possivelmente faria tudo diferente. Com alguma distância, meses muito duros (para ambos), consigo ter noção de ti...e de mim. A vida ensina-nos e coloca-nos no lugar, dure o tempo que durar. Vou encarar isso como o encanto da vida, mesmo que tenha perdido o homem da minha vida.

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