quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

apaixonei-me outra vez

Vi hoje um filme. Estranho. Apesar do conteúdo ter um objectivo direccionado, que em pouco ou nada me revi, vi-me lá noutras situações, assim, escarrapachada. Pelo menos assim me via. Uma miúda com ar angelical [vá eu nem tanto], vestida de forma simples, em que a maioria talvez não daria nada por ela, a engolir as palavras pela timidez e falta de confiança, a tropeçar no chão com a falta de jeito e simplicidade de ser... Apaixonada por um homem, mais velho, assim charmoso, muito mesmo, com aquele semblante um pouco pesado, de cara fechada, sobrancelha semi franzida, com o pormenor do risquinho no meio da testa, fugindo ao de leve um sorriso, que era arrebatador. Ele muito bem vestido, de fato e sapatos a condizer, com um bom carro a acompanhar todo o cenário. Até a forma como ele a protegia... A forma como ele aguentou até lhe dar o primeiro, inesquecível e estrondoso beijo... Ela não sabia às vezes que sentimentos eram estes, se eram mútuos... e o facto dela se subvalorizar por 'ter' ali tal pedaço de homem, fazia com que as palavras nem sempre chegassem como ela gostaria, mas ele gostava dela e esse sentimento prendia-a e crescia. Não haviam certezas de nada, mas sentiam-se coisas muito boas. As palavras não chegavam como ela queria porque as dúvidas não foram esclarecidas na hora certa, por fraqueza, por medo, medo de um não... Não te quero. Aquele filme fez-me lembrar do início ao fim dele, aquele homem de negócios, bonito, bem vestido, charmoso, persuasivo, viciante...eras tu. E eu... Apaixonei-me outra vez.

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