Apetece-me modificar a direcção da minha escrita. Estou em transição pessoal, apetece-me escrever sobre tudo isso mas também sobre as coisas mais banais. Falar de coisas mais leves, porque também vivo de sorrisos e gargalhadas. E que assim seja. Uma partilha doce e feliz e mais séria quando tiver que ser. Escrever é sempre libertador e será um dos meus escapes. Mesmo que seja como falar de mim para mim.
Olho para um passado recente e não me consigo sintonizar muito bem nos dias em concreto em que as coisas se alteraram, isto porque há pessoas que marcam quando começaram uma relação, quando ele a traiu, quando ele comeu um papo seco com marmelada e quando a mãe lhe deu umas meinhas para não se constipar. Bom, eu não decoro nada dessas coisas. Na melhor das hipóteses decoro o mês e já vamos com sorte. Portanto, o que é que queria mesmo dizer com isto!? Ah, não memorizo datas, mas memorizo muito bem os acontecimentos. E hoje, com 30 reflicto de forma mais serena sobre os erros e as mudanças. Dado que agora (agora como quem diz) durmo na diagonal (quando as gatas não se põem esparramadas na cama) e muitas coisas se alteraram e outras como seria de esperar ainda estão em processamento, pus-me a analisar o ponto da situação como se estivesse do lado de fora. Bem, como se deve calcular não é um exercício propriamente fácil, mas consegui minimamente perceber que não era bem assim que esperava estar aos 30 anos, mas... pára tudo!! Assim como?! Assim... Sozinha. A minha mente tem duas pessoazinhas lá metidas e uma desabafa e a outra contrapõe. E começa aqui a análise e reflexão das duas. Sim, elas têm vida própria.
Não esperavas estar assim aos 30 porquê?! Foste tu que desenhaste o teu percurso. Induzida por diversos motivos, não importa, mas tu conduziste-te aqui e por algum motivo foi. Tu desejas o melhor para ti, não te coloques nessa posição carregada de sofrimento porque na realidade decidiste por bem. Se deu errado depois, ninguém saberia. Se insististe no erro foste esperançosa. Não te massacres. Agora estás aqui, porque assim foi traçada a tua rota miúda! És ainda muito nova. 30?! Já vi quem fosse muito feliz aos 37 como se fosse a história de amor que desejamos ter aos 20. Com direito a rebentos e tudo. Ok, sei que não pareces assim tão nova ai por dentro, e na realidade estás mais séria do que dantes mas... A tua essência doce e sorridente não se descola de ti. Precisas só de esperar. Dar tempo. E este amor enorme que tens dentro de ti chegará aos outros quando te amares verdadeiramente por tu-do aquilo que tu és. Devias ter orgulho em ti. A sério que devias. Conquistaste tanto, quase sempre sozinha, embora não seja sozinha que queiras ficar nem gritar vitória. Tens que começar a libertar dessa tua cabeça teimosa essa tua frase que apregoas constantemente a ti mesma 'sou feita de amor mas o amor não foi feito para mim'. O amor foi feito sim senhor para ti. Todos os dias dás alegria, esperança e confiança no teu local de trabalho. Sempre que podes esboças um sorriso a quem passa por ti. Mesmo que estejas podre. És amigável e gostas de ser assim, e não é porque alguém um dia disse que tinhas que o ser. Tu és assim e pronto. Dás amor e recebes amor quando te respeitam, por exemplo. Espalhas amor genuinamente. O outro tal amor que falas irá vir quando tiver que vir e se calhar o teu percurso nem passa por aí. Já pensaste nisso? Tu tens 30 e já pensaste no que já ultrapassaste? E quem nunca passou por desafios difíceis comos os teus? Terá que estar preparado, porque vai doer. E tu esses, já passaste com distinção. É experiência, é vantagem, já despachaste algumas dores que provavelmente alguns agora é que as estão a passar. Uma coisa é certa, o mundo fez-te ser forte com os seus desafios assim como as perdas emocionais e físicas com que te deparaste. Estar aos 30 solteira, depois de um passado tão marcado é só um pormenor. Não te importes porque não deu certo. Pensa que agora é que vai dar tudo certo, seja o que isso for!Tens é que aprender a confiar novamente, a ter fé e esperança. Tens 30 anos, sei que gostavas imenso de ter tido a festa mais especial de sempre nesta tua data marcante, mas não aconteceu apesar de estares rodeada de pessoas que amas. Para o anos fazes 31 e quem disse que não pode ser espectacular?! Se estivermos bem, quem faz a festa somos nós! Tem fé. Acredita! Já refletiste que tens 30 anos, vives sozinha na tua independência com as tuas gatas maravilhosas, tens o teu carro e dois trabalhos que te realizam e és dona de ti própria? Quantas pessoas desejariam ter o que tu tens! Valoriza. Sê grata! Tens 30 anos e adoras desafios e o que parece ter acabado para sempre é simplesmente o começo de algo maravilhoso! Acredita! Arregaça as mangas! Não bloqueies. Sei que andas mais atenta às pessoas e é por isso que sentes que tens mais pessoas a torcerem por ti, apesar dos desfechos e desilusões que tens tido, consegues manter o carinho pelas pessoas. Mas acredita. Continua assim. Aberta de coração. A vida quer-te muito e agora! Segue, sorri, abraça a vida. Com força. Conquista os teus objectivos. Podes ser o que tu quiseres!
Eu acredito em ti.
Assinado : uma mente saudável.
o plano é ser feliz ❤
domingo, 17 de setembro de 2017
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
É raro chorar... mas acontece
Hoje, sinto-me tão triste. A bom rigor desde ontem à noite... Tão abandonada. Tão sozinha. Tão a precisar de alguém que me aconselhe, apoie, me dê calma neste caos que tem sido a minha vida. Sinto-me desamparada. Decisões difíceis à porta e sinto-me novamente sozinha. É um sentimento que se apodera algumas vezes. Sempre que me lembro que ela já cá não está, mesmo com todos os seus defeitos, precisava e preciso dela junto de mim. De ti Tavinho. Que só bem fizeste. E eu em troca...te afastei de mim. Nunca haverá ninguém como tu, com essa energia, com essa esperança na vida, com esse optimismo, com essa pro actividade, com essa preocupação com o outro, com tudo..... mesmo quando tu também tinhas todos os receios do mundo dentro de ti. Nem tenho coragem de me chegar perto por muitas saudades que tenha. É a vergonha que sinto. O saber que o tempo não volta atrás. Em tempos levava com as balas e seguia. Agora não. Penso que o nível de resistência diminuiu. A única pessoa que hoje recorri para desabafar foi aquela que me pediu para relaxar até segunda feira, para desligar a ficha e me dar os parabéns por todo o meu trabalho desenvolvido. Mas para relaxar porque se notava que estava na ruptura. E eu só consigo chorar. De cansaço. De tudo. E nada. Preciso da voz que me acalma. Mas perdi-a para sempre.
terça-feira, 18 de abril de 2017
nada
Há dias que 'sei' tudo, sinto tudo, alcanço tudo, sou uma super e magnífica tudo.
Há outros que não sei nada.
Há outros que não sei nada.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
dava jeito amnésia temporária
Já tive a memória das tragédias da minha vida mais curta, e isso entristece-me. Tinha um género de sensor em mim que eliminava em pouco tempo todas as mágoas, todos os falhanços, todos os nãos que me davam. Eu era mesmo boa nisto, garanto. Confesso que era uma qualidade poderosa, e que muito bem me fez e ajudou. Ninguém imaginava que por detrás da minha enorme simpatia havia uma história dura para contar, mas eu nem me lembrava dessa história. Era esse o segredo. Não pensar, não dar valor ao que poderia ter estragado para sempre a minha vida. A minha resiliência foi posta à prova todos os dias. Consegui manter as mãos no volante e segui sempre os meus instintos e filosofia de vida. Eu tinha objectivos, talvez fosse essa a diferença. A minha força. A minha fé na conquista. Não sendo vingativa, desejava com um grande sorriso, mostrar a um sem número de gente, que afinal, eu não era aquilo em que me quiseram transformar. Eu era mais, muito mais. Hoje, já dou por mim a pensar demasiadas vezes em memórias, a dizer 'há um ano aconteceu isto e isto' e não quero voltar a esses momentos, dou por mim a não esquecer o que já devia ter esquecido, como fiz belíssimamente com um outro passado, que não foi de todo, mais encantador que este passado mais recente. Martirizada com algumas opções é como me sinto. Vou seguindo com a convicção que a vida é isto, mas também que a felicidade é uma bela sintonia entre sorte e escolhas bem feitas. Se escolho mal, já é meio caminho andado para correr mal. É este o meu calcanhar de aquiles.
Sinto-me jovem, irei sentir sempre até que a minha alma grite o contrário. O peso de fazer trinta é o peso de também querer endireitar o rumo da minha vida. Estou cansada, farta, desiludida. Neste último ano envelheci, sobretudo cá dentro, onde ninguém vê. É como se os holofotes se tivessem apagado e mais ninguém os soubesse ligar de novo. Com trinta, e não tendo sonhado durante uma vida inteira em ter filhos, é aquela altura em que todos avançam para essa etapa e eu fico a ver. Nessa incógnita, do sentido da vida. Dou por mim a balancear sobre muitos pensamentos, a tentar corrigir-me, com os professores da vida. Esses safados que insistem no problema até que ele seja resolvido. Se há uns anos precisava de memofante e ampolas para a memória de formiga, agora preciso de paz, descanso e amnésia temporária.
Sinto-me jovem, irei sentir sempre até que a minha alma grite o contrário. O peso de fazer trinta é o peso de também querer endireitar o rumo da minha vida. Estou cansada, farta, desiludida. Neste último ano envelheci, sobretudo cá dentro, onde ninguém vê. É como se os holofotes se tivessem apagado e mais ninguém os soubesse ligar de novo. Com trinta, e não tendo sonhado durante uma vida inteira em ter filhos, é aquela altura em que todos avançam para essa etapa e eu fico a ver. Nessa incógnita, do sentido da vida. Dou por mim a balancear sobre muitos pensamentos, a tentar corrigir-me, com os professores da vida. Esses safados que insistem no problema até que ele seja resolvido. Se há uns anos precisava de memofante e ampolas para a memória de formiga, agora preciso de paz, descanso e amnésia temporária.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
apaixonei-me outra vez
Vi hoje um filme. Estranho. Apesar do conteúdo ter um objectivo direccionado, que em pouco ou nada me revi, vi-me lá noutras situações, assim, escarrapachada. Pelo menos assim me via. Uma miúda com ar angelical [vá eu nem tanto], vestida de forma simples, em que a maioria talvez não daria nada por ela, a engolir as palavras pela timidez e falta de confiança, a tropeçar no chão com a falta de jeito e simplicidade de ser... Apaixonada por um homem, mais velho, assim charmoso, muito mesmo, com aquele semblante um pouco pesado, de cara fechada, sobrancelha semi franzida, com o pormenor do risquinho no meio da testa, fugindo ao de leve um sorriso, que era arrebatador. Ele muito bem vestido, de fato e sapatos a condizer, com um bom carro a acompanhar todo o cenário. Até a forma como ele a protegia... A forma como ele aguentou até lhe dar o primeiro, inesquecível e estrondoso beijo... Ela não sabia às vezes que sentimentos eram estes, se eram mútuos... e o facto dela se subvalorizar por 'ter' ali tal pedaço de homem, fazia com que as palavras nem sempre chegassem como ela gostaria, mas ele gostava dela e esse sentimento prendia-a e crescia. Não haviam certezas de nada, mas sentiam-se coisas muito boas. As palavras não chegavam como ela queria porque as dúvidas não foram esclarecidas na hora certa, por fraqueza, por medo, medo de um não... Não te quero. Aquele filme fez-me lembrar do início ao fim dele, aquele homem de negócios, bonito, bem vestido, charmoso, persuasivo, viciante...eras tu. E eu... Apaixonei-me outra vez.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
do que fica
[ouvir]
aprendi a ficar em silêncio, a não procurar. a deixar. mesmo que a vontade seja maior que eu. aprendi que na vida umas vezes ganhamos outras perdemos. e eu assumidamente perdi, tudo. a partir do momento em que a minha alma desaparece o resto não existe mais. é só um corpo a circular por aí, mais nada. aprendi que a minha dor sendo causada por mim própria[grande parte] , a cura tem que passar por uma aprendizagem que eu própria defini. ficar em silêncio e deixar quem eu deixei. agora não faz sentido. e acredito que também é preciso coragem para deixar. as pessoas não merecem isso. e eu fico, aqui. perto, mas longe, tão longe. é raro ficar com este sentimento de perda, de ' e se...'. são as escolhas! é a vida! detesto ouvir isto, mas de facto é assim mesmo, é a vida. tento todos os dias não me martirizar e acreditar que não sou pior pessoa por errar, por ter errado, mas tem sido um processo difícil acreditar naquilo que tento transmitir a mim mesma. apesar de ter nas veias o sangue de guerreira, muitas noites e dias andei a rastejar para acreditar que a vida valia a pena. acho que por ter passado tanta 'guerra' em tão poucos anos de vida [já não são assim tão poucos mas...ok], e ter saído sempre forte e com boas decisões na maior parte das vezes, me censuro estupidamente por ter errado desta vez, seguidamente e de alto a baixo. mas porquê? olho para aqueles dias e só me questiono mas que raio se passou? podia ter sido o melhor de dois mundos ou o pior deles. não sei. mas pela primeira vez me questiono sobre o que aconteceu, logo eu que não sou cá de marinar nos assuntos eternamente. isto só acontece porque se calhar podias ter continuado a ser a maior alegria dos meus dias e realmente não foste. fica o sentimento no ar, o meu sentimento. o meu. tento levar isto para a frente mas é como se tivesse uma cratera dentro de mim. um buraco enorme. e pela primeira vez assumo que as coisas foram tão más, mas tão más que é impossível esquecer-me de tudo com a mesma ligeireza com que que me esqueço de todos os outros assuntos difíceis. finjo que já passou, que isto e aquilo, que tinha que ser assim, que ...mas não. tudo parvo. tudo mentira. é uma coisa que está ali no canto do meu cérebro tonto. e não vai embora. não tenho dúvidas que vão passar mil anos e isto nunca acabará. e agora? [como diz a música...] tudo o que eu queria e tinha, se transformou em nada, ficou um vazio infinito. como forma de me 'curar', vou enfrentando os sentimentos como eles são. parece que o tempo não passou, ridículo isto, mas real. as memórias acentuam-se quando já deviam se desvanecer, acreditar que não é tarde demais para seguir em frente e seguir dia após dia. acreditar que o melhor que tive na vida, foi isso mesmo, o melhor que tive na vida.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
sem ti
As lágrimas começaram a escorrer pela cara quando esta música começou a tocar... ontem, mais estafada que sei lá o quê, decidi que enquanto o forno não se desligava, ia organizar a casa, organizar tudo para me sentir também de cabeça arrumada. Já ia para as 2h da manhã. O cérebro cansado, a alma viva com o que tinha acabado de encontrar. Senti o mundo parar. Não ouvi nada a seguir. Li aquelas cartas igual ao que se vê nos filmes, em que a voz de quem as escreveu ecoa na cabeça, como se ali estivesses, sentado ao meu lado. Não consigo deixar de voltar a chorar, enquanto agora mesmo escrevo isto. Não foi por ler o que li que despertou seja o que for, mas acentuou aquilo que já sabia. Saudades. A importância que tiveste na minha vida é superior àquela que tu alguma vez possas imaginar. Há pessoas que nos marcam. Cravam a alma. Fica ferrado na pele. Bons sentimentos. O teu abraço faz-me falta, porque eu vou guardar-te da forma mais bonita que alguma vez guardei alguém. E proteger-te. Ainda hoje me questiono das escolhas. Me censuro das mágoas. Magoei-te a ti e a mim meses a fio. Fiz bem? Fiz mal? Não sei. Há dias que acho que fiz bem, há dias que acho que fiz mal. Tento evitar os pensamentos de crucificação. Com a devida distância, e recordando algumas coisas, principalmente os textos que escreveste de peito aberto (no blog) aos quais eu desconhecia, senti coisas diferentes das quais eu vivia convicta. Precisava de saber. Podia ter sido diferente. A minha determinação disfarça a minha insegurança... e precisava tanto de saber que era mesmo importante para ti... nem sei porque estou a falar disto agora... talvez porque sinto a tua falta. A tua magnifica boa energia, o puxares por mim e as tuas injecções de vida em mim. Porque os meus objectivos se cruzavam com os teus, e estávamos ancorados a bons sentimentos. E por muito que isso te custe acreditar, também sempre estive ancorada a ti. Simplesmente forcei-me a deixar o barco soltar-se de mim, tudo porque entendi o contrário. Acreditei que forçar algo era possível. Não sei se estive certa alguma vez, Se voltasse atrás, possivelmente faria tudo diferente. Com alguma distância, meses muito duros (para ambos), consigo ter noção de ti...e de mim. A vida ensina-nos e coloca-nos no lugar, dure o tempo que durar. Vou encarar isso como o encanto da vida, mesmo que tenha perdido o homem da minha vida.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
ela [só] quer paz
Sorrio, contemplo um mundo inteiro de mim. Dou todos dias o litro para dar aos outros o que eu também preciso de receber. É imensamente difícil este trabalho, mas vou por esse caminho desafiante, que me define de certa forma. Não vou pelo caminho mais fácil, como vai a maioria. Acordo todos os dias, sem a emoção que gostaria. O ar parece tóxico e a luz do verão parece que não é a mesma de outros tempos.
As pessoas desiludem e eu nem peço assim tanto.
Amanhã é um novo dia, mas eu serei a mesma.
Cada vez mais convicta que sou a pessoa mais importante do mundo, mesmo que o mundo me diga o contrário.
As pessoas desiludem e eu nem peço assim tanto.
Amanhã é um novo dia, mas eu serei a mesma.
Cada vez mais convicta que sou a pessoa mais importante do mundo, mesmo que o mundo me diga o contrário.
segunda-feira, 21 de março de 2016
[in] certezas
Dou por mim a divagar em dúvidas que antes eram certezas.
Dou por mim a ter certezas que antes eram dúvidas.
Mas, na realidade, certezas só há uma, aquela que todos nós sabemos.
Certas palavras custam de certo modo a sair da boca. Da minha boca. Na boca dos outros, existem palavras que só servem para nos colocar em transe. E saiem com uma tal força que entram e destroiem pedaços da alma. Assim como num estado de menos importância. De seres menos. De revolta e certa vingança. A ti. As palavras saiem e dirigem-se. Não sei para onde. Não sei para quê. Não sei para quem. Não sei. Mas saiem. E eu amparo. E perduram no tempo. Cravadas em mim.
Existem coisas que... Só o tempo esclarecerá. Existem momentos que o tempo nunca apagará. Mas existe um processo que sempre perdurará. Eu.
Dou por mim a ter certezas que antes eram dúvidas.
Mas, na realidade, certezas só há uma, aquela que todos nós sabemos.
Certas palavras custam de certo modo a sair da boca. Da minha boca. Na boca dos outros, existem palavras que só servem para nos colocar em transe. E saiem com uma tal força que entram e destroiem pedaços da alma. Assim como num estado de menos importância. De seres menos. De revolta e certa vingança. A ti. As palavras saiem e dirigem-se. Não sei para onde. Não sei para quê. Não sei para quem. Não sei. Mas saiem. E eu amparo. E perduram no tempo. Cravadas em mim.
Existem coisas que... Só o tempo esclarecerá. Existem momentos que o tempo nunca apagará. Mas existe um processo que sempre perdurará. Eu.
quinta-feira, 10 de março de 2016
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